terça-feira, 8 de novembro de 2016

Cotolengo terá Bazar Beneficente especial neste fim de semana


Vivianne Nunes

O Cotolengo Sul-Mato-Grossense realiza neste sábado (3) e domingo (4), mais uma edição do Bazar Beneficente. Desta vez o evento terá a venda de produtos novos e perfumaria. Os interessados em adquirir os produtos e auxiliar a entidade, podem ir até a sede do Cotolengo entre as 8h e as 17h.

A entidade cuida de pelo menos 40 crianças com paralisia cerebral grave e os eventos de final de ano são feitos especialmente para honrar com os gastos do período, como o pagamento do décimo terceiro salário dos profissionais contratados para atender aos meninos e meninas, filhos de famílias carentes que dependem deste atendimento.

O Bazar Beneficente do Cotolengo Sul-Mato-Grossense será na sede da entidade, que fica na Rua Jamil Basmage, 996, bairro Mata do Jacinto.

Cotolengo terá Marcelo Loureiro durante 11ª festa do Porco no Rolete


Por Vivianne Nunes


Os voluntários e funcionários do Cotolengo Sul-Mato-Grossense já começaram os preparativos para a grande festa deste domingo (13). O tradicional Porco no Rolete desta vez será servido ao som de um mais importantes nomes da música regional de Mato Grosso do Sul. Pela segunda vez consecutiva, o evento será abrilhantado pelo violeiro Marcelo Loureiro, que irá fazer uma apresentação beneficente em prol da entidade, que este ano completa seus 20 anos promovendo a caridade e o amor em Campo Grande com o atendimento a crianças com paralisia cerebral grave.
Marcelo Loureiro participa do evento pela segunda vez na Capital. 


Este ano, a festa tem um sentido especial. O dinheiro arrecadado com o almoço será utilizado para o pagamento do décimo terceiro salário dos profissionais contratados pela entidade. "Temos aqui fisioterapeutas, nutricionistas, fonoaudiólogos, as cozinheiras, as meninas da limpeza e tudo isso demanda custo para a instituição. Por isso, nessa época do ano, próximo de honrar com os pagamentos de décimo terceiro salário dos funcionários, optamos por uma festa maior e mais atrativa. As festas são a principal maneira da entidade levantar fundos para esse tipo de coisa", comentou o diretor da instituição, padre Valdeci Marcolino.

"Estou voltando a tocar na entidade e pra mim isso é muito gratificante. Poder colaborar, levar minha música para ajudar as pessoas, é muito importante. Principalmente em uma época como essa em que a crise financeira assola nosso país e as doações diminuem, os repasses atrasam e as vezes, nem chegam. Eu vejo que é a hora de darmos as mãos para ajudar a manter essa entidade que vem fazendo esse trabalho magnífico ao longo dos vinte anos, como é o Cotolengo", explicou o músico em entrevista ao Blog Cotolengo Sul-Mato-Grossense.

Padre Valdeci e Marcelo Loureiro em festa de 2015
Loureiro promete um show especial aos convidados de mais este evento. "Meu repertório vem recheado de música sul-mato-grossense e sul americana. Vou aproveitar, contar um pouco da minha história e interagir com o público. Vai ser uma grande festa e mais uma vez vou estar feliz em poder ajudar", comentou.

Atualmente, o Cotolengo atende cerca de 30 crianças de famílias carentes em Campo Grande. A festa neste domingo, vai começar às 11h e os convites podem ser adquiridos na hora do evento ao valor de R$ 35. Os mais de cem voluntários envolvidos de forma direta e indireta neste evento já começaram a organizar as coisas para que seja mais um evento marcado na história da entidade.


quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Evento reúne principais nomes do samba em prol do Cotolengo Sul-Mato-Grossense

Um grande evento previsto para este domingo (14) promete reunir cinco grupos de renome no samba campo-grandense com um ideal: arrecadar alimentos para o Cotolengo Sul-Mato-Grossense, entidade responsável pelo atendimento de pelo menos 30 crianças com paralisia cerebral grave de famílias carentes na Capital.

O show intitulado Samba Solidário vai promover o encontro entre Cristiano Negão e os grupos Tudo Junto e Misturado, Pegada de Macaco, Pagodeae e DJ Murphy Pee. A festa está prevista para começar às 17h em uma casa de show na Avenida Capital, número 100.

Segundo o músico Jair Roberto, do grupo Pegada de Macaco, o grupo resolveu se unir por considerar importante ações de solidariedade e por ter encontrado no Cotolengo, a necessidade de ajudar. “Somos de famílias humildes e reconhecemos a importância de doar um pouco de nós por ações como essa”, enfatizou.

A entrada do evento é um quilo de alimento não perecível que será repassado a instituição, que este ano comemora seus vinte anos de atuação em Campo Grande.

Para o diretor presidente do Cotolengo MS, padre Valdeci Marcolino, ações como essa “fazem a gente pensar que ainda devemos ter fé na humanidade. A união das pessoas em prol de uma causa como a das crianças com paralisia cerebral grave nos faz pensar que o amor ainda é maior em nossos dias”, finalizou.

Serviço:

Evento marcado para 14 de agosto (domingo) – 17h – Rua Da Capital, 100
Entrada: 1 quilo de alimento não perecível

terça-feira, 21 de junho de 2016

Com apoio do TJMS, Cotolengo terá muro e portão altos para conter bandidagem

Por: Vivianne Nunes

Depois de ter sido vítima de dois roubos seguidos em menos de quarenta dias, a sede do Cotolengo Sul-Mato-Grossense terá 120 metros de comprimento de um muro de 3,3 metros de altura e um portão com 4,10 metros de altura . A obra foi orçada em R$ 62 mil e será possível mais uma vez com a atuação do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul). Na semana passada o juiz da 2ª Vara de Execuções Penais e coordenador da Cepa (Central de Penas Alternativas), Albino Coimbra Neto, anunciou a liberação da verba para a entidade.

O valor advém das penas pecuniárias, que são aquelas aplicadas em crimes de menor potencial ofensivo. “Pela lei é possível que o juiz converta penas de até quatro anos em penas alternativas, que podem ser pecuniárias, com valores em dinheiro ou alternativa, no caso da prestação de serviços”, explicou o magistrado.

“Para o Cotolengo a gente já encaminhou quase R$ 1 milhão ao longo do tempo. É uma entidade que já foi beneficiada com valores expressivos, mas é difícil não ajudar”, afirmou, lembrando as condições especiais em que se encontram as crianças portadoras de paralisia cerebral grave.

Para o diretor presidente da entidade, padre Valdeci Marcolino, a liberação deste recurso veio no momento em que a entidade tenta se restabelecer financeiramente e até psicologicamente dos últimos acontecimentos, haja visto a indignação social que se causou com os ataques feitos ao Cotolengo, que atende cerca de 30 crianças com paralisia cerebral grave em Campo Grande.

“São crianças vindas de famílias carentes, pais e mães, tios, tias, avós, familiares que deixam em nossas mãos seus filhos e filhas portadores de necessidades especiais confiando no atendimento que lhe será prestado. De repente alguém invade nossa sede para roubar algo que conseguimos por meio de doações. É triste, lamentável, mas estamos muito felizes porque mais  uma vez Deus não nos desamparou e com a ajuda do TJMS vamos resguardar nossa segurança”, afirmou o padre Valdeci.

A construção do muro terá início nesta quarta-feira (21).

sábado, 11 de junho de 2016

Voluntários do Cotolengo já iniciaram as preparações da festa Junina


Por Willian Oliveira


O Cotolengo Sul-Mato-Grossense realiza hoje dia 11 de junho, a sua tradicional festa Junina, com Festival de Prêmios e muita comida típica. 

Cerca de 50 voluntários passaram o dia envolvidos na preparação dos festejos juninos do Cotolengo Sul-Mato-Grossense neste sábado em Campo Grande, a festa será na sede do Cotolengo e começa logo mais as 18h

Lembrando que as crianças do Cotolengo agradecem a participação de todos pois todo o dinheiro arrecadado será convertido em benefícios para a entidade, que atende 
cerca de 30 crianças com paralisia cerebral grave na capital.

Venha e traga sua família. 


frente do salão de festas do Cotolengo

Voluntários enfeitando as barrancas 


Voluntários fazendo deliciosos pastéis

Jovens decorando o Salão do Cotolengo

Voluntários fazendo um delicioso arroz carreteiro

Voluntário garante ótimas músicas





segunda-feira, 6 de junho de 2016

Festa Junina movimenta sede do Cotolengo no próximo dia 11

Por Vivianne Nunes

O Cotolengo Sul-Mato-Grossense realiza no próximo dia 11 de junho, a sua tradicional festa Junina, com Festival de Prêmios e muita comida típica. A festa será na sede do Cotolengo, localizada no bairro Mata do Jacinto, em Campo Grande.

O Festival de Prêmios terá três bicicletas, um liquidificador, um ventilador e um kit de churrasco, além de rodadas surpresas. Este ano a Festa Junina do Cotolengo faz parte do calendário de promoções pelos 20 anos da instituição, que é responsável pelo atendimento de pouco mais de 30 crianças com paralisia cerebral grave de famílias carentes da Capital.

Além disso, as festividades prometem dar um apoio com os prejuízos que ficaram de dois furtos registrados em pouco mais de trinta dias na instituição. Da primeira vez, um homem chegou a ser flagrado por câmeras de segurança arrombando a sala do bazar com peças que são vendidas para benefício da instituição. Na semana passada, os ladrões invadiram a cozinha do Cotolengo e levaram vários alimentos que fazem parte do cardápio das crianças especiais.

“Vamos fazer essa Festa Junina para comemorar a data, os 20 anos e auxiliar a entidade. Não vamos deixar nos abater com esses roubos mas precisamos nos reerguer e com fé, vamos conseguir dar a volta por cima”, afirmou o diretor presidente da entidade, padre Valdeci Marcolino.

Cotolengo faz parceria com corretora de seguros e garante porcentagens para a entidade



Por: Vivianne Nunes

O Cotolengo Sul-Mato-Grossense estreou no mês de maio uma importante parceria. Ao lado da Faça Agora Corretora de Seguros, a entidade garante participações nos lucros e abre espaço para receber novas doações. 

Segundo o corretor João Pinto, responsável pela empresa, a parceria veio em um momento crescente para o seguimento, que segundo pesquisas, tem uma perspectiva de crescimento entre 8% e 10% prevista para este ano. "Será um prazer poder compartilhar esse momento de ascensão com uma entidade de tamanho respeito como o Cotolengo", frisou.  

Para ajudar a entidade é muito simples. Adquirindo qualquer dos planos em nome da entidade, ou diretamente pelo site www.facaseguros.netpor meio do ícone da entidade o interessado pode contratar seu seguro de acidentes pessoais com cobertura para morte ou invalidez acidental com cobertura de R$ 100 mil por apenas R$ 19,22 por mês. 

Dessa forma, além de resguardar a família de várias possíveis situações que necessitam de amparo financeiro, o cliente Faça Agora também concorre mensalmente ao prêmio de R$ 12 mil.

domingo, 1 de maio de 2016

Após furto em entidade, grupos se únem para recuperar doações de bazar beneficente

Por: Vivianne Nunes


Câmeras de segurança flagraram o momento do furto no Cotolengo
(Foto: Reprodução)
O furto registrado na madrugada do dia 22 no Cotolengo Sul-Mato-Grossense deixou muitas pessoas atônitas e grupos de apoio surgiram em prol da entidade que é responsável pelo atendimento de 30 crianças e adolescentes com paralisia cerebral grave, em Campo Grande. O assunto tomou conta das redes sociais e todos os veículos de imprensa noticiaram o caso na Capital. "O que aconteceu foi um verdadeiro absurdo. Nós somos voluntários, doamos uma parte preciosa do nosso tempo para nos dedicarmos à essas crianças e de repente uma pessoa entra e, além de promover uma verdadeira baderna lá dentro, ainda leva nosso material de trabalh?", questionou o voluntário Willian Oliveira Silva.

As câmeras de vigilância do Cotolengo flagraram o momento em que, muito tranquilo, um homem pula o muro, arromba a sala onde ficam as mercadorias do bazar e sai cheio de sacolas. As mercadorias levadas seriam vendidas em um bazar beneficente que acontece regularmente na entidade. Com isso o Cotolengo pode ter perdido em média R$ 4 mil reais em lucro que seria revertido para o pagamento de atividades dentro da instituição, que é mantida basicamente por doações.

O diretor presidente do Cotolengo, padre Valdeci Marcolino, registrou um boletim de ocorrência e aguarda por investigações policiais. Enquanto isso, muitos voluntários da entidade resolveram se mobilizar para reabastecer o bazar. Muitos ativistas reunidos em grupos de whatsapp resolveram acelerar a procura por doações.

Aceitamos doações

Segundo ele, a instituição também conta com a sociedade para a doação de outros itens, tão importantes para manter a manutenção local. "Queria lembrar a sociedade que nós também precisamos de itens de higiene, limpeza e alimentos, principalmente os alimentos de suplementação, já que a maioria das crianças especiais depende dessa complementação alimentar", salientou o padre.

Os interessados em doar, podem entrar em contato pelo telefone da instituição 3358-4848. O Cotolengo fica na Rua Jamil Basmage, 966, bairro Mata do Jacinto.

terça-feira, 22 de março de 2016

Crianças do Cotolengo recebem ovos de Páscoa em campanha do TJ-MS

Por Vivianne Nunes


Crianças do Cotolengo receberam a visita do Coelhinho
(Fotos: Cotolengo MS)
As mais de 30 crianças especiais do Cotolengo Sul-Mato-Grossense tiveram uma grata surpresa na manhã desta segunda-feira (22), em Campo Grande. Eles receberam a visita do Coelhinho “Justus” da Páscoa e foram presenteados com ovos de chocolate e muita festa. A iniciativa faz parte da Campanha de Páscoa do Pacijus (Projeto para Ajuda à Criança e ao Idoso) do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul. Na ocasião, as crianças também puderam prestigiar a apresentação de um canto sobre a páscoa feito pelos alunos da Escola Municipal Virgílio Almeida.

Localizado no bairro Mata do Jacinto, o Cotolengo atende, todos os dias, crianças e adolescentes com paralisia cerebral grave. Eles passam o dia na instituição onde são alimentados e recebem atendimentos de fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, enfermeiros, nutricinistas, psicólogos, pedagogos e assistentes sociais. Filhos de famílias de baixa renda, as crianças ficam no Cotolengo enquanto os pais podem trabalhar.

“Eventos como o de hoje são muito importantes pois as crianças se alegram”, conta o padre Valdeci Marcolino, diretor presidente da instituição que este ano comemora seus 20 anos de atividade no Estado. O padre lembra ainda que qualquer um pode ajudar a fazer a alegria dos meninos e meninas do Cotolengo, bastando se voluntariar na instituição que é uma obra da igreja Católica e sobrevive apenas de doações.

Campanha

Coelhinho da Páscoa alegrou a manhã dos pequenos no Cotolengo
A campanha do Tribunal de Justiça teve início no dia 16 de fevereiro com a arrecadação de ovos. Os padrinhos escolheram uma ou mais crianças pelo site do Pacijus e encaminharam os ovos para os locais de entrega. Também fazem parte da campanha o Tribunal Regional Eleitoral (TRE), da Ordem dos Advogados do Brasil/Seccional do Mato Grosso do Sul (OAB/MS), do Ministério Público Estadual (MPE), do grupo Capital de Comunicação, da rádio Capital 95, do jornal O Estado de MS, da Softplan, do Hospital do Coração, do Moto Clube DDW, do Moto Clube Harley Owners Group (HOG) e da Rota 67.


Qualquer pessoa pode participar das entregas. E quem se interessar em ir aos locais, basta entrar no sitehttp://www.tjms.jus.br/pacijus/entregas.php e acompanhar a agenda. Lá estão as datas, horários e locais de entrega.

quinta-feira, 10 de março de 2016

Cotolengo dá início à comemorações de 20 anos com Missa Campal e Costelão Beneficente


 Por Vivianne Nunes

Crianças recebem atendimento especializado no Cotolengo
O Cotolengo dá início no mês de abril, às comemorações do aniversário de 20 anos da entidade que atende crianças e adolescentes com paralisia cerebral grave em Mato Grosso do Sul. Uma Missa Campal fará a abertura da programação até a data em que é comemorado de fato o vigésimo aniversário, em 20 de julho.  A missa em Ação de Graças será no Cotolengo e está marcada para o dia 10 de abril às 09h30min. Em seguida, será servido o 2º Costelão, almoço beneficente em prol das crianças carentes da entidade orionita. A organização do evento espera que pelo menos 1,5 mil pessoas participem do evento, que terá pelo menos cem voluntários trabalhando direta e indiretamente.

Localizada na Mata do Jacinto, em Campo Grande, a instituição assiste atualmente, à pelo menos 40 crianças com atendimento de assistência social, médico, psicológico, fisioterapia, nutrição, enfermagem, pedagogia, terapia ocupacional e, em em alguns casos, acompanhamento durante o ano letivo para as crianças que têm idade escolar.
Funcionários e voluntários se dividem na missão de cuidar

Valentim Calegaro, 66 anos, é voluntário da instituição desde o início, quando apenas a Capela existia no terreno. “As crianças eram atendidas debaixo dos pés de manga que haviam por aqui”, relatou recentemente em entrevista ao Blog Cotolengo 20 anos. Segundo ele, os voluntários iam improvisando tendas por causa da chuva ou sol, mas tudo era feito por ali mesmo, da maneira como podiam. E foram as festas, bingos e outros eventos criados pelos voluntários, que ajudaram a levantar o dinheiro utilizado na construção do complexo que hoje existe.


“São apenas 40 crianças, mas poderiam ser 100 se tivéssemos dinheiro para custear os atendimentos”, lamenta o diretor presidente, padre Valdeci Marcolino. Segundo ele, a estrutura tem capacidade pra isso, mas seriam precisos mais funcionários e a alimentação precisaria ser aumentada também. “A comida deles é especial, eles precisam de suplementos alimentares e tudo isso é muito caro”, explica. “Por isso convidamos toda a sociedade a participar deste e dos outros eventos que estamos preparando. São 20 anos de história, temos uma lista de espera com o nome de pelo menos 40 crianças e queremos atender a todas elas, mas precisamos contar com a ajuda de todo mundo”, desabafa o padre que está em Campo Grande há apenas quatro meses.

terça-feira, 8 de março de 2016

Faxineira adota menino com Paralisia Cerebral e mostra que não precisa de muito pra ser feliz


Por Vivianne Nunes


Rosane serve o Cotolengo há sete anos
A história que contamos neste post, enobrece ainda mais a data comemorada hoje. No dia Dia Internacional da Mulher, o blog em homenagem aos 20 anos do Cotolengo, traz pra você uma história de amor, carinho, luta, superação e muita dedicação. O nome dela é Rosane Caetano Ferreira, 50 anos, faxineira. A Rô, como é conhecida, tem pelo menos sete anos dedicados à obra que atende crianças com paralisia cerebral grave em Campo Grande e o relato é de encher os olhos e o coração. “Você já viu meu filho ai fora?”, indagou sorridente. Foi ai que pude conhecer o Manoel.

Manoel e Rosane, uma verdadeira história de amor
Manoel tem 23 anos e vive com Rosane desde os 15, quando sua mãe biológica faleceu, vítima de um ataque cardíaco. Ela já convivia com o jovem no Cotolengo e ficou muito sensibilizada com a situção, por isso, primeiro consultou as filhas, com quem morava e logo levou ele pra casa. Passado um mês, Manoel foi levado por parentes para outra casa. “Eu achei que não daria conta e eles levaram meu filho. Mas eu sofri tanto, chorava e pensava nele todos os dias e depois de um mês, resolvi voltar atrás. Não tinha mais jeito, o Manoel era meu!”, conta Rosane.

Mãe de três filhos, hoje apenas o Manoel, a filha caçula e a neta moram com ela na mesma casa. “Minha filha me ajuda muito, dá banho, traz ele pra mim e quando precisa, ela vem buscar”, diz orgulhosa a mãe do coração a quem Manoel chama de vó, a única palavra que consegue pronunciar. Ele tem suas limitações, não fala, mas ouve muito bem e entende tudo o que lhe dizem. Ela trabalha o dia todo no Cotolengo, uma honra poder estar perto do filho todos os dias e quando pode, trabalha como diaristas para ganhar um dinheirinho a mais.

“Nós somos muito felizes, o Manoel é um presente. A gente passeia, vamos ao shopping, vamos à praça. Ele é muito tranquilo e alegre. Se eu pudesse, levaria todas as crianças do Cotolengo pra casa, mas não tenho condições”, diz aos risos. “Não entendo como podem haver pessoas más, gente que abandona crianças como o Manoel”, lamenta.


A alegria de Rosane dá pra se ser sentida de longe, mesmo por quem não costuma frequentar o Cotolengo. Ao fim do dia, quando as crianças estão se preparando para voltar pra casa, é a hora dela entrar em ação. Vassoura na mão, som ligado, ela limpa e dança entre os pequenos contando piada e fazendo gracejos. E eles são realmente encantados por ela e pela energia positiva que emana. “Eu sou a palhaça deles, adoro ficar aqui cantando e dançando perto deles. Sei que eles são felizes, à maneira deles, mas são felizes”, afirma. 

Padre Valdeci vai à Câmara e anuncia 20 anos do Cotolengo


Por Vivianne Nunes

Padre Valdeci Cotolengo falou sobre os 20 anos do Cotolengo na Câmara
O diretor presidente do Cotolengo, Padre Valdeci Marcolino, usou a tribuna da Câmara Municipal de Campo Grande na manhã desta terça-feira (8) para falar sobre a abertura das comemorações pelo 20º aniversário da instituição. Na ocasião, o padre falou um pouco sobre as dificuldades que a entidade vem enfrentando no que diz respeito à receitas e conclamou toda a sociedade a participar do evento de abertura que acontece no próximo dia 10 de Abril. “Teremos uma missa Campal e logo em seguida, serviremos o 2º Costelão  do Cotolengo”, afirma explicou o padre.

Segundo ele, o Cotolengo atende hoje, uma média de trinta crianças, mas poderia atender um número muito maior se tivesse recursos financeiros para arcar com as despesas. “Temos uma folha de pagamento de funcionários de aproximadamente 40 mil por mês e até agora, ainda não há convênios assinados para ajudar no custeamento desses serviços prestados”, explicou durante seu pronunciamento.

Ainda na ocasião, o padre agradeceu às emendas concedidas por vereadores no ano passado e ressaltou a necessidade de que mantenham esse apoio.

Evento

A abertura das comemorações pelo 20º aniversário do Cotolengo será realizada no próximo dia 10 de abril com uma missa campal que começa às 09h30min no próprio Cotolengo. Em seguida será servido o almoço ao valor de de R$ 25 antecipados e R$ 30 no dia.

Serviço

Cotolengo 
Rua Jamil Basmage 996, Mata do Jacinto Campo Grande MS

Telefone para contato – 3358-4848.

sexta-feira, 4 de março de 2016

Um pouco sobre como tudo começou

Por Vivianne Nunes

Enquanto aguardam a saída, assistem vídeos infantis e se divertem
com a famosa Galinha Pintadinha
Quem acompanha o atendimento dado às crianças no Cotolengo nos dias de hoje talvez nem possa imaginar que há vinte anos atrás o cenário era bem diferente. O carinho e os cuidados, certamente eram os mesmos, mas a infra-estrutura não. Os meninos e meninas com paralisia cerebral eram atendidos debaixo da sombra das mangueiras que haviam no terreno que tem aproximadamente 300 metros quadrados. E quem nos conta essa história, fala com conhecimento de causa. Valentim Calegaro, 66 anos, é voluntário da obra desde antes de sua fundação e ajudou, com o trabalho que ele chama de “trabalho de formiguinha”, a chegar onde estamos, comemorando 20 anos de história. “Pra começar que o terreno estava invadido e foi uma longa briga na Justiça pra gente conseguir tomar a posse dele”, conta dando início ao relato.

Calegaro é serralheiro, pai de quatro filhos e avô de dois netos. Em nossa conversa, ele cita tantos outros nomes importantes da história do Cotolengo em Campo Grande, como o do padre italiano André Giuseppe Sclaglia, que também participou do processo e do casal Hernani e Gisela (In Memorian). “Ela foi uma grande mulher, doou 24 horas do seu dia pra cuidar dessas crianças”, lembra Valentim. Pra ele, cada voluntário que participa ou participou da obra são importantes e fazem parte dessa história, pois foi graças a eles que as instalações puderam ser construídas.

Depois de todos esses anos, os olhos azuis do Seo Valentim ainda enchem de lágrimas ao lembrar das dificuldades que passaram. “Uma vez fui levar uma cesta básica para uma família no Natal. Quando cheguei, ouvi aquele chorinho e fui entrando. A casa estava vazia e lá no quarto eu vi aquela criança em uma espécie de cercadinho de pau à pique. Ele estava sozinho e estava sendo picado por formigas. Peguei ele nos braços e levei dalí.”, lembra emocionado.  O voluntário conta ainda, que antigamente os pais precisavam trabalhar e não tinham com quem deixar as crianças, mas também não tinham a consciência de que eles não poderiam ficar sozinhos. Hoje em dia, com o atendimento do Cotolengo, isso mudou muito. Ainda há muitas crianças na fila de espera, mas as famílias também são mais conscientes sobre esse atendimento especial que precisam. Claro, ainda falta muito para que seja o ideal, mas o fato é de que muita coisa mudou em vinte anos.

Valentim Calegaro e seus 20 anos de Cotolengo
Pedra Fundamental

Quando houve a inauguração do atendimento 20 anos atrás, houve também uma cerimônia com missa e a apresentação da pedra fundamental. Lá, foram guardadas moedas de vários países representados por padres que vieram ao evento. Haviam moedas da Itália, Argentina, Espanha e de outros países. Eram 25 no total. Mas segundo o relato do voluntário, no dia seguinte quando chegaram, a pedra fundamental tinha sido removida e saqueada. Até hoje não se sabe se isso aconteceu há mando de alguém por conta da situação do terreno que antes era invadido, ou se foi apenas um roubo comum. O fato é que parte das moedas foi encontrada com alguns menores que moravam na região e devolvidas ao local onde também foram colocadas cartas e imagens. “Haviam imagens em bronze e outras muito bonitas de outros Países mas essas a gente não conseguiu de volta”, lembra Valentim.


Voluntariado

E quando a gente caminha pela instituição durante o dia, pode observar o atendimento prestado com muito amor. Não se vê cara feia, nem reclamação. Ao contrário, pessoas trabalham ali, dedicando não apenas o seu tempo, mas de fato, um pedaço do seu coração. Para seo Valentim, que é a pessoa que me acompanha nessa passagem pela instituição, o primordial para atuar na obra é ter amor e alegria. “A gente tem que vir pra cá com o coração feliz e pronto pra ajudar, não pensando que é uma obrigação!”, afirma. Ele nao tem contato direto com as crianças. É um dos voluntários que trabalha na infra-estrutura dos eventos. “Não levo jeito pra lidar diretamente com eles, mas o tempo que tenho pra me dedicar aos eventos, sempre estou por perto e faço questão de encaminhar uma carta de agradecimento aos que de alguma forma nos ajudam com doações”, conclui.

Professora Diva trabalha há sete anos no Cotolengo
Atualmente, o Cotolengo conta com a ajuda de apenas sete voluntários efetivos. Segundo a coordenadora local, enfermeira Ana Lúcia Jacques Flores Corrêa, são muitos que participam e doam um pedaço do seu tempo nas festas e eventos para a arrecadação de verba ao Cotolengo, mas no dia-a-dia, são apenas sete ajudando os cerca de 20 funcionários que atuam de segunda a sexta-feira. “A gente ainda precisa de muita ajuda, não apenas para passar o dia com as crianças, mas para lidar na limpeza, na lavanderia onde são esterilizadas as roupas de cama, na cozinha, no jardim. Toda ajuda é sempre vem-vinda”, afirma.

Em meio à todas elas, muitas histórias de luta se misturam. Algumas das crianças são cuidadas pelo pai e pela mãe, outras apenas pela mãe e ainda há aquelas que foram abandonadas de alguma forma e são cuidadas por tios, tias, avós. O fato é que são crianças totalmente dependentes do cuidado de terceiros e nem por isso são tristes. “Não gosto de pensar que são tristes, acho até que são bem felizes, mas cada uma dentro de sua limitação”, afirma Ana.



No decorrer deste ano, outras histórias serão contatas neste espaço. A experiência de conversar com essas pessoas é enriquecedora e a cada conversa, a gente vê uma lágrima rolando. Seja deles ou minhas. Mas não digo que sejam lágrimas de tristeza. São lágrimas de emoção por saber que o amor de Deus está presente e que é muito bom saber que a bondade divina ainda habita no coração das pessoas.

domingo, 28 de fevereiro de 2016

Festival de Prêmios reúne pelo menos 800 pessoas no Cotolengo Sul-Mato-Grossensse


Por Vivianne Nunes


A participação da comunidade foi massiva neste primeiro evento do ano 
Cerca de 800 pessoas estiveram na noite do ontem no I Festival de Prêmios do Cotolengo Sul-Mato-Grossense, no bairro Mata do Jacinto, em Campo Grande. O evento em prol das crianças com paralisia cerebral grave atendidas pela instituição, começou por volta das 19h, mas os preparativos tiveram início ainda mais cedo, com a fabricação de pastéis e doces.
Ao todo, são cerca de 80 voluntários trabalhando em prol da obra nas mais diversas áreas. Cada um contribui com aquilo que sabe e pode fazer. As tarefas são bem distribuídas e durante a noite deste sábado (27), quem tirou alguns minutos do seu tempo para observar,  pôde ver o empenho de todos os que se envolvem e doam um pouco de si por esta causa tão nobre, que são as crianças e adolescentes do Cotolengo.

Voluntariado: dedique um pedaço da sua vida para fazer o bem

“Gosto de ser útil!” Foi a resposta da voluntária Tania Alves, 47 anos, ao ser questionada sobre o motivo que a teria levado até lá. Ela fala com bastante orgulho sobre o trabalho que julga recente, dois anos dedicados à obra. Sempre com o pessoal da cozinha, ela procura servir em eventos, datas especiais ou quando é chamada. Atualmente, está desempregada e diz que não tem uma ocupação profissional no momento, desta forma, “nada é mais justo que ajudar o próximo”. Na família de Tania, as irmãs, o cunhado e as sobrinhas também são voluntários do Cotolengo. “É uma luta muito grande pra essas mães ... são guerreiras”, afirma a voluntária que tem a oportunidade de ver de perto a luta dos pais e mães das crianças com paralisia cerebral atendidas pela instituição.

Pastelada

Os pastéis começaram a ser preparados bem cedo, logo às sete horas da manhã a cozinha já começava os preparativos para a festa de logo mais. Marcia Alves Cunha também trabalhou na cozinha, ao lado da irmã, a Tania. Ela está na instituição há um ano apenas e diz que vai trabalhar o ano todo. “Quando você se doa, não é algo que está fazendo para o outro, é para você mesmo pois você começa a ver as coisas de uma outra maneira e o amor Deus age ainda mais forte em nossas vidas”, afirmou Marcia. “Se todo mundo fizesse um pouquinho, as coisas estariam melhores hoje”, lamenta.


Bingo foi o carro chefe do grande encontro deste sábado (27)

Durante a festa, o padre Valdeci Marcolino, diretor da obra, aproveitou a ocasião para  lembrar que este é o ano comemorativo pelos 20 anos de Cotolengo. “Vários eventos estão marcados para o decorrer de 2016 e a abertura destes eventos será no dia 10 de abril, quando haverá uma Missa Campal e uma Costelada aqui mesmo no salão de festas. Aproveito para convidar a todos para este dia”, disse o sacerdote. 

De acordo com ele, apenas na noite do Festival de Prêmios foram vendidos 1,2 mil pastéis, o que representa o sucesso do evento. “Aproveito para agradecer a participação de todos da comunidade e aos meios de comunicação que nos ajudaram a divulgar mas este belo evento no Cotolengo. A renda arrecadada vai contribuir para o pagamento dos funcionários desta instituição”, concluiu.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Cotolengo Sul-Mato-Grossense realiza primeiro Festival de Prêmios do ano



O trabalho voluntário é o que move as atividades do Cotolengo MS
O Cotolengo Sul-Mato-Grossense realiza no próximo sábado (27) o I Festival de Prêmios do ano. Na ocasião, haverá rodada de bingo com os seguintes prêmios: microondas, bicicleta, ventilador, liquidificador, cesta básica, cafeteira, ferro elétrico e panela de pressão.

Os convidados também poderão comprar pastéis, doces e bebidas. Toda a renda deste evento vai para custear o atendimento de pelo menos trinta crianças com paralisia cerebral grave.


Em junho a instituição completa 20 anos e vários outros eventos estão programados até o fim do ano.  


Serviço

Cotolengo Sul-Mato-Grossense
Rua Jamil Basmage 996 Mata do Jacinto
Mais informações pelo telefone 3358-4848
Horário: 19h

Valor da cartela: R$ 5,00

Jonathan e Luciana: uma Lição de Vida!


Por Vivianne Nunes

“Minha história daria bem para escrever um livro”. Foi assim que Luciana Maria da Conceição, 40 anos, deu início ao relato sobre a vida e a partida do seu pequeno Jonathan da Conceição, 12 anos, diagnóstico de paralisia cerebral grave, hidrocefalia e outras enfermidades que o acometeram durante o parto devido ao que ela chama de erro de médico. “Ele foi um milagre de Deus”, conta Luciana, ainda sentida pela morte do filho no dia 20 de dezembro do ano passado.

A cozinheira relata que teve uma gestação de risco, que tinha ameaças de aborto e por conta disso precisou tomar remédios. “Eu já tinha uma menina e sempre quis um menino, quando o médico me falou que eram dois, nossa, eu fiquei muito feliz”, conta Luciana. Acontece que um dos bebês veio à óbito ainda no ventre e isso pode ter causado a infecção generalizada que atingiu Jonathan ao nascer. “Isso e algumas coisas que os médicos poderiam ter feito para livrar meu filho e não fizeram”, lamenta.

Luciana tem a narrativa de uma história triste de vida, mas cheia de luta, garra e acima de tudo, de fé. “Eu estava me arrumando para casar quando peguei meu noivo na traição. Eu nem sabia que estava grávida. Mandei ele embora e desde então, nunca mais falei com ele”, conta. “E eu amei meu Jonathan desde o princípio. Eles seriam Jonatas e Jonathan, mas eu perdi um e dediquei toda minha vida ao outro”, explicou.

Durante nossa conversa, na casa de Luciana, uma companheira não deixou o colo dela. Sofia, a pintscher que era do Jonathan acompanhava tudo com os ouvidos grudados na conversa. “A Sofia era dele, sempre muito carinhosa, agora não descola de mim”.

No Cotolengo, instituição de Caridade que atende crianças como o Jonathan, ele era um dos queridinhos. “Nem posso falar isso, porque la eles todos são tratados de maneira igual, eu sei isso porque vivenciei doze anos la dentro. Mas o Jonathan tinha uma coisa de cativar as pessoas que era muito fora do comum, ele era alegre, tinha suas limitações mas era muito alegre”, conta a mãe disfarçando as lágrimas que ainda teimam em rolar.

Logo que Jonathann completou dois anos, Luciana se casou com João Carlos Dias, hoje com 49 anos. “Ele sim foi o pai do Jonathan, verdadeiramente. Ele sempre me ajudou muito, levava o menino para as fisioterapias, buscava, carregava no colo. Ele está sofrendo muito com a perda do nosso Jonathan, tanto que nem me deixou ainda doar as coisinhas dele que estão no quarto. O Carlos diz que o Jonathan foi a única pessoa que o amou de verdade”, relata. Sobre o coração surrado de mãe, Luciana diz que ainda sofre muito, mas que está lutando para não entrar em depressão. “Deus tem me ajudado muito. Tenho um testemunho muito forte com relação à vida do Jonathan porque, pelo diagnóstico médico, ninguém conseguia explicar como ele ainda estava vivo. Tudo nele era difícil, era limitado. Sempre fui devota do Sagrado Coração de Jesus e no dia em que ele estava na UTI neo natal eu fiz minhas preces e vi a imagem do Sagrado Coração no vidro do berçário. Foi o que me deu força e a certeza de que meu filho sobreviveria”, conta a devota.

Hoje o silêncio da casa ainda incomoda muito o coração da mãe e do pai de Jonathan, mas ela diz que se apega à vontade de Deus para entender e aceitar tudo. “Ele estava prestes a fazer uma cirurgia que seria muito dolorosa pra ele, uma cirurgia na bacia que o médico disse que não saberia como ele iria reagir”, conta. Luciana lembra ainda que acordou mais cedo do que o nornal na madrugada do dia 20. Ela estava preparando uma festa de fim de ano para as crianças da comunidade carente no bairro Nova Lima, onde moram, por isso levantou para preparar as coisas. Ia fazer bolos, cachorro-quente, o que já era tradição para alegrar o natal das crianças mais necessitadas. No entanto, não participou da festa. “Tinha pelo menos uns dez anos que o Jonathan não tinha convulsões e quando entrei no quarto ele estava convulsionando. Meu Deus, ainda bem que eu acordei mais cedo ou não teria visto meu filho uma última vez. Eu e meu marido o levamos de carro para o hospital pois não daria tempo de esperar o Samu, mas lá ele não resistiu e o perdemos”, relata.

Apesar de todo o sofrimento, Luciana diz que insiste em participar das ações do Cotolengo como maneira de orientar as outras mães. “Não é porque não tenho mais meu filho que não vou fazer nada pelas outras pessoas e eu sei que muitas não têm instrução sobre os direitos que os pequenos têm junto à Justiça. Tento de todas as maneiras ajudar as mãezinhas sobre isso já que eu fiz tudo o que estava ao meu alcance pra atender ao meu filho”, finaliza.

"Peço perdão à Deus todos os dias caso eu tenha falhado em alguma coisa"
 No quarto, boa parte das coisas já foram doadas mas a maioria ainda está lá. O berço, os adesivos na parede e os penduricalhos no teto remetem aos cuidados de uma mãe zelosa, sempre presente e cheia de amor à vida daquele menino especial. “Eu não tive mãe, cresci com parentes, não sei o que é ter mãe e peço perdão à Deus todos os dias caso eu tenha falhado em alguma coisa com meus filhos, mas eu sei que eu fiz por eles tudo o que eu poderia ter feito. Hoje ela se contenta com as lembranças e com a certeza de que o filho hoje descansa no colo do Senhor.