terça-feira, 8 de março de 2016

Faxineira adota menino com Paralisia Cerebral e mostra que não precisa de muito pra ser feliz


Por Vivianne Nunes


Rosane serve o Cotolengo há sete anos
A história que contamos neste post, enobrece ainda mais a data comemorada hoje. No dia Dia Internacional da Mulher, o blog em homenagem aos 20 anos do Cotolengo, traz pra você uma história de amor, carinho, luta, superação e muita dedicação. O nome dela é Rosane Caetano Ferreira, 50 anos, faxineira. A Rô, como é conhecida, tem pelo menos sete anos dedicados à obra que atende crianças com paralisia cerebral grave em Campo Grande e o relato é de encher os olhos e o coração. “Você já viu meu filho ai fora?”, indagou sorridente. Foi ai que pude conhecer o Manoel.

Manoel e Rosane, uma verdadeira história de amor
Manoel tem 23 anos e vive com Rosane desde os 15, quando sua mãe biológica faleceu, vítima de um ataque cardíaco. Ela já convivia com o jovem no Cotolengo e ficou muito sensibilizada com a situção, por isso, primeiro consultou as filhas, com quem morava e logo levou ele pra casa. Passado um mês, Manoel foi levado por parentes para outra casa. “Eu achei que não daria conta e eles levaram meu filho. Mas eu sofri tanto, chorava e pensava nele todos os dias e depois de um mês, resolvi voltar atrás. Não tinha mais jeito, o Manoel era meu!”, conta Rosane.

Mãe de três filhos, hoje apenas o Manoel, a filha caçula e a neta moram com ela na mesma casa. “Minha filha me ajuda muito, dá banho, traz ele pra mim e quando precisa, ela vem buscar”, diz orgulhosa a mãe do coração a quem Manoel chama de vó, a única palavra que consegue pronunciar. Ele tem suas limitações, não fala, mas ouve muito bem e entende tudo o que lhe dizem. Ela trabalha o dia todo no Cotolengo, uma honra poder estar perto do filho todos os dias e quando pode, trabalha como diaristas para ganhar um dinheirinho a mais.

“Nós somos muito felizes, o Manoel é um presente. A gente passeia, vamos ao shopping, vamos à praça. Ele é muito tranquilo e alegre. Se eu pudesse, levaria todas as crianças do Cotolengo pra casa, mas não tenho condições”, diz aos risos. “Não entendo como podem haver pessoas más, gente que abandona crianças como o Manoel”, lamenta.


A alegria de Rosane dá pra se ser sentida de longe, mesmo por quem não costuma frequentar o Cotolengo. Ao fim do dia, quando as crianças estão se preparando para voltar pra casa, é a hora dela entrar em ação. Vassoura na mão, som ligado, ela limpa e dança entre os pequenos contando piada e fazendo gracejos. E eles são realmente encantados por ela e pela energia positiva que emana. “Eu sou a palhaça deles, adoro ficar aqui cantando e dançando perto deles. Sei que eles são felizes, à maneira deles, mas são felizes”, afirma. 

3 comentários:

  1. A rosane e minha tia (titia ) como du a chamo , quando pequena ela cuidou de mim , tenho um amor muito grande por ela e tenho muito orgulho que mesmo com toda humildade sempre em seu coraçao haverá amor pra ser compartilhado para as outras pessoas ! Sem dúvidas um exemplo de mulher guerreira e batalhadora , parabéns titia ! Beijos saudades

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  2. Ela é linda! Um ser humana iluminado.

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  3. Ela é linda! Um ser humana iluminado.

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